Casas alto padrão próximas à natureza e materiais sustentáveis são tendências

Construções mais conscientes estão sempre em alta, deixando de ser uma tendência para se tornarem uma necessidade.

dino

As construções mais conscientes deixam de ser uma tendência para ser uma necessidade

Curitiba, PR, 08/11/2021 –

A busca pela integração com a natureza e casas com belas vistas é um desejo crescente, impulsionado pela pandemia e pela necessidade de qualidade de vida. Uma pesquisa Datastore conseguiu mensurar o interesse dos brasileiros pela mudança para o campo e, considerando a tomada de decisão no curto prazo (12 meses), 1,32 milhão de famílias desejam adquirir um imóvel fora da cidade, o que representa um incremento de 529,4 mil famílias interessadas em comprar uma propriedade na zona rural em 2021, um aumento de 66,9%. Os números confirmam a experiência vivida pela arquiteta Renata Pisani este ano, com o aumento de clientes que saíram de apartamentos e mudaram-se para grandes terrenos, em áreas rurais, para terem esse contato com o que é essencial. 

A arquiteta e designer de interiores Renata Pisani revela, com a propriedade de quem realiza inúmeros projetos arquitetônicos e de decoração biofílicos na capital paranaense, que as tendências adquiridas pós-pandemia são de acabamentos e materiais de alto padrão que também estão integrados ao verde, em casas no campo, espaços rurais e próximos à natureza. 

O  minimalismo essencial foi tendência em 2021 e voltará forte em 2022. “A casa como um ambiente prático e realmente com o que a gente precisa, sem excessos. Acho que isso foi um aprendizado para a vida, tanto na moda quanto na decoração”, afirma Renata Pisani.

A integração com a natureza continuará muito presente, tanto na parte interna como externa das residências. “É um caminho sem volta, a iluminação natural, o reaproveitamento da água de chuva, as construções mais conscientes deixam de ser uma tendência para ser uma necessidade”, disse.

A paleta de tons sóbrios e também as cores claras e “cores acolhedoras como a nossa casa”, define Renata Pisani, deverão continuar em alta. “A nossa casa sempre foi e agora deverá continuar sendo acolhedora pós-pandemia”, disse. Por isso o retrô que já voltou com tudo esse ano, permanece até o ano que vem, porque remete às lembranças e memórias afetivas como, por exemplo, “móveis com elementos curvos e pés palitos que foram tendências nos anos 60”, cita a arquiteta.

Grandes formatos

As pedras de mármores e ônix para pisos são sinônimo de residências de luxo, no entanto, segundo Renata Pisani, hoje em dia as pessoas estão priorizando a praticidade ao luxo. “O luxo é ser simples e prático, por isso os porcelanatos em grandes formatos, são uma excelente alternativa no mercado”, disse. A preferência pelos formatos maiores, por sua vez, acabam eliminando os azulejos e as pastilhas pequenas da tendência atual.

O cimento queimado está muito em alta, de acordo com Renata Pisani, é uma super tendência também em revestimentos, imitando o concreto. “A busca pelos materiais naturais tanto no revestimento, no mdf e os tons de cinza nos projetos e cores estão super em alta”, afirma.

De acordo com a arquiteta, hoje existe uma grande procura pelo custo-benefício. “Nem sempre o mais caro é o melhor, o melhor é aquilo que te agrada, que lhe traz a sensação de bem-estar e satisfação por encontrar o que está buscando”, afirma. Renata Pisani lembra que a qualidade e o custo sempre caminharam juntos, dificilmente se encontra algo barato com a mesma qualidade de algo mais caro. “Tem que levar em consideração o que vale a pena investir e o que vale a pena economizar para se alcançar um equilíbrio”, acredita. “Marcas que são reconhecidas e estão há muito tempo no mercado, continuarão sendo sinônimo de qualidade”, lembra.

Os pisos com tecnologias avançadas, colchões com látex, sofás com plumas de ganso, e outros materiais que agregam valor ao mobiliário e ao revestimento devem, principalmente, fazer bem, trazer uma boa experiência de compra para o cliente. “A compreensão desse briefing com o cliente é muito importante porque, às vezes, o que é bom para um não é bom para outro”, salienta.

A arquiteta Renata Pisani comenta que é possível identificar a personalidade do cliente em todo o projeto, seja nos revestimentos, na mobília ou na decoração. “O cliente define o seu estilo no todo, existem pessoas mais acumuladoras que querem muitos armários e pessoas mais desapegadas que querem viver com duas portas de armários, com o essencial”, conclui.

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